Cada vez mais, conectividade e automação fazem parte dos carros de hoje, desde veículos que oferecem painéis com interface para acessar e-mail até aqueles que fazem baliza por conta própria. E à medida que crescem as expectativas dos clientes diante desses recursos – para não falar na sua disposição de pagar por eles –, o mesmo acontecerá com o pool de valor que está sendo criado. A pergunta que não quer calar: Quais, exatamente, serão as empresas da cadeia de valor da indústria automotiva que colherão os frutos?
Nossa mais recente pesquisa ressalta que as montadoras precisam se adaptar a um ambiente de consumo em rápida mudança.1 Apenas ao longo do último ano,2 o número de clientes que se declaram dispostos a trocar de marca para usufruir de melhores recursos de conectividade quase dobrou, chegando a 37%. Hoje quase um terço dos clientes está disposto a pagar por serviços de conectividade por meio de um modelo de assinatura, comparado com apenas 21% um ano atrás (veja Quadro). Chega a causar surpresa que apenas 25% dos consumidores se recusem categoricamente a permitir que as montadoras utilizem seus dados de posição para os serviços de conectividade. Mas nem todos os clientes são iguais: as atitudes diante de questões ligadas à conectividade variam significativamente por idade, mercado e preferência de marca – ainda mais quando envolvem a privacidade de dados. Também variam por país: os clientes na China, por exemplo, estão entre os maiores entusiastas de carros conectados – 60% dos entrevistados estão dispostos a mudar de marca de carro para desfrutar serviços melhores de conectividade.
Será que o setor automobilístico conseguirá não apenas compreender esse ambiente em transformação, mas também tirar proveito do crescente apetite por conectividade veicular? Nosso novo relatório, Competing for the connected customer: Perspectives on the opportunities created by car connectivity and automation [Competindo pelo cliente conectado: Perspectivas sobre as oportunidades criadas pela conectividade e automação veicular] detalha as possíveis estratégias. Para todas as empresas – novatas ou já estabelecidas –, o primeiro passo é reconhecer que o cenário está evoluindo rapidamente. Conectividade e funcionalidades de carro autônomo estão criando inúmeros novos modelos de negócio e oportunidades de monetização, especialmente porque os consumidores valorizam mais os aplicativos para motoristas (p.ex., a navegação conectada ou estacionamento em rede) do que os aplicativos que nada têm a ver com o ato de dirigir (p.ex., e-mail ou streaming de música).
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Capturar essas oportunidades exige escala, velocidade e agilidade – e isso provavelmente significa que a competição entre fabricantes originais de equipamentos (OEMs) irá evoluir. Acreditamos que, para fornecer a conectividade que os consumidores cada vez mais exigem, os OEMs precisarão colaborar em um ecossistema comum – por exemplo, adotando um protocolo de comunicação para compartilhar informações em tempo real (sobre condições das ruas e estradas, o clima e o tráfego) recolhidas por meio de sensores em carros conectados. Esse tipo de cooperação permitirá aos OEMs atingir escala suficiente para auferir os benefícios dos efeitos de rede, mas também permitirá que mantenham fatores específicos de diferenciação de marca na sua busca de clientes.
Acesse o relatório completo no qual este artigo é baseado, Competing for the connected customer: Perspectives on the opportunities created by car connectivity and automation (PDF-3.92MB).